"BLANDULA, TENELLA, VAGULA"

O que tens, ó minha alma, contra o paraíso?

Não iremos antes, quando a liberdade for conquistada, Ser levados a um claro lugar onde

     o sol deixe flutuar em nós através de folhas de oliveira Uma glória líquida? Se em

     Sírmio,

Minha alma, te encontrar, quando esta vida findar, Será que encontraremos algum promontório

     consagrado Por apóstolos etéreos de deleite terreno, Não será o nosso culto fundado

     em ondas, em Clara safira, em cobalto, em cianina,


Em azuis trinos, os impalpáveis

Espelhos móveis da mudança eterna?


Alma, se Ela aí nos encontrar, será que algum rumor De paraísos mais elevados e de cortes

     desejáveis Nos atrairá para além do pico nublado de Riva?




Selected Poems of Ezra Pound

A New Direction Paperbook

New Directions Paperbook 66, 1957.

Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa

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